A melhoria da qualidade da educação atualmente tem sido um
desejo de todos, escola, comunidade e governo, para que o seu desenvolvimento atenda
as necessidades do indivíduo e consequentemente as necessidades da sociedade. É
notório que para chegar a essa qualidade almejada, necessitamos trabalhar em
conjunto desenvolvendo competências que permitam realmente aprender um com o
outro, professor/aluno, aluno/aluno, construindo o conhecimento de forma
participativa.
Os projetos educacionais muito podem colaborar com a melhoria
da aprendizagem e, por conseguinte com o aprimoramento da qualidade da
educação, sendo um processo participativo de decisões a partir da vontade de
compreender, decidir e agir em conjunto na direção de superar problemas,
priorizando a formação do cidadão. Os projetos podem ser planejados e
organizados de muitas formas, porém algumas características são fundamentais
para que se possa alcançar o êxito desejado:
1. Conhecimento do assunto que será
estudado e pesquisa do mesmo previamente;
2. Definição dos objetivos, do tempo
estimado e do material a ser usado;
3. Planejamento, em conjunto, das etapas
do projeto;
4. Participação ativa de todos os
envolvidos;
5. Escolha dos critérios de avaliação
para um possível replanejamento do trabalho.
Um projeto pode ser desenvolvido com foco em um tema de uma
determinada área do conhecimento, porém sempre haverá alguma relação com outras
áreas. “O parcelamento e a
compartimentação dos saberes impedem apreender o que está tecido junto [...] A
inteligência parcelada, compartimentada, mecanicista, disjuntiva e reducionista
rompe o complexo do mundo em fragmentos disjuntos, fraciona os problemas,
separa o que está unido, torna unidimensional o multidimensional” (MORIN
2001). O trabalho interdisciplinar estabelece integração entre professores e
ligação entre os conhecimentos que, aliado a uma boa orientação, possibilita a
construção de um conhecimento globalizante e, por conseguinte, uma melhor
aprendizagem, pois o estudante desenvolve a capacidade de selecionar,
organizar, priorizar, sintetizar, analisar e reorganizar, enfim, de “aprender a
aprender”.
Para Paulo Freire, ao trabalhar com projetos
interdisciplinares, ``tanto educadores
quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos. Os
resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de
mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da vida
social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma
nova lógica de vida``.
Francisca Freire
Francisca Freire